POR LOURDINHA
Carta para Fernandinho,
A casa de que você fala em que tia Yvone morou, com jaboticabeiras,caixa d'agua,foi uma grande parte de minha mocidade,não so minha mas dos meus irmãos,até hoje tenho essa casa. Lá casei-me, casou a Carlota, e nasceram meus 3 filhos,Flavia,Thiago e Bruno. Temos grande recordação de quando sua avó Yvone ,bem dizer ela não seu avô Ricardo,quis morar lá,pois estava mudando para uma casa enfrente ao antigo cinema,mais do que depressa,falei com meu pai,e ele acertou que Yvone e Ricardo,morariam lá até quando quisessem, mas a fatalidade com meu tio e grande amigo, não perimitu que chegasse a morar lá. Sabe Fernandinho e o resto dos netos, fui grande companheira do tio Ricardo,quando hospitalizado, ficava com ele na parte da manhã no hospital; fui porque gostava muito dele e ele toda manhã me esperava, como dizia, eu sabia coloca-lo na cadeira e lia o jornal para ele. Tive por ele grande adimiração,até quando no Stelio, o ginásio em que era diretor, dava suspensão para mim e já ligava para o papai. Eu ficava sem sair, sua avó foi uma grande amiga, trocava confidencias comigo, ajudou-me com a festa e roupa do meu casamento, sempre foi uma tia maravilhosa. Tudo que ela pediu eu cummpri até o ultimo momento de sua vida.
Seu pai foi meu padrinho de casamento, temos varias passagens em SP, sua mãe e eu somos amigas e quantas vezes iamos para São Paulo fazer compras! Posso dizer uma coisa, tenho poucas recordações boas, mas as que tenho são maravilhosas! Aos poucos vou lembrando as passagens com alguns dos meus primos e tias. Beijos carinhosos a todos os filhos,genros,noras e netos,do grande Ricardo Peruzzo.e Yvone. Amo muito vocês! Lurdinha
POR FERNANDINHO
Lembro da duas casas da VóYvone, na primeira ainda com o vovo Ricardo, que conheci pouco, infelizmente... Mas foi exatamente nessa que tenho as lembranças do meu pai me ensinando a andar de bicicleta...Da segunda casa (a ultima), me lembro do quintal enorme no fundo, onde colhiamos Jabuticabas a tarde inteira e tambem enchiamos a caixa d'agua para fazer cachoeira...Lembro semrpe da gritaria que era a Familia toda reunida...Tenho saudades, por isso reservei a unica passagem que terei no ano que vem para o nosso encontro, entao pessoal... Vamos todos, nao pode faltar ninguem...Bjs...
POR CLÁUDIA
Quando li os depoimentos, vieram muitas lembranças que até hoje guardo com muito carinho. Vovó Emília, como sempre muito vaidosa, mesmo na cadeira de roda, me esperava toda manhã para que passasse pó de arroz em seu rosto, ficando coradinha ( e ela gritava: Cláudia, sobe aqui.).
Tia Maria muito especial na minha infância, pois acho que grande parte desta passei a seu lado.
Nananinha fazendo seus bolos e doces, eu achava aquilo tudo muito lindo e sempre ia ajudá-la, sem contar que ela, já mais velha, vinha em minha casa fazer meus doces prediletos, bonequinhas de jornal pra Gabi, já que nos fazia companhia quando o Mauro viajava e ficavamos sós. Sempre com alguma coisa boa para nos dizer e ensinar.
Casa do tio Joaquim e tia Mafalda, sempre um ponto de encontro que eu mesma muito menina queria estar por perto para saber de tudo que se passava. Sempre fui muito paparicada por eles e, mesmo morando em São Paulo contava com todo o apoio e carinho deles. Ha tia Mafalda que saudade do seu lanchinho de mortadela em São José dos Campos.
Vovô Juca, quanta coisa boa e engraçada que lembro dele... saia comigo para comprar sapatos, me chamava de tetéia e dai começo a lembrar de quando ele começou a fazer artes como: um dia fui telefonar em seu aparelho "66", ele não gostou e me deu um tapa. Logo depois resolveu sair de casa de pijama, então descobrimos que toda manhã ele saia de pijama ía até a casa do seu Silvio Coelho, roubava uma florzinha para vovó, mas... também não esquecia de fazer xixi na grama deles! São muitas coisas que, aos poucos, vamos lembrando.
POR GABI
Tia Ditinha: quantas lembranças... a avó que não tivemos em São Paulo.. ha que delícia, lanchinhos de pão com catupiry no fim da tarde, noites na coberta vendo tv (depois ela me colocava pra dormir, junto com ela em seu quarto), aulas inesquecíveis de piano, sempre com a postura impecável com direito a audição e babador (literalmente) para os meus pais. Admirável por todos nós. Maurinho saia de casa para tomar café da manhã com ela antes do inglês, e ele achava lindo tudo sempre muito arrumado.
Vovó Yvonne: Dá até vontade de chorar quando penso na Voninha. Mulher guerreira, admirável. Vovó da cadeira de balanço, de bolachas, sorvete de gianduia e muitas jogatinas de buraco. Vovó pra todas as horas, a mais meiga e mais fofa. Que saudades! Fazia tuuudo que queríamos e sempre com sorriso estampado no rosto.
Nossas férias de julho eram em sua casa com direito a natações na tia Isa, e levar muitos amigos. Assim como minha mãe conta: na época dela, íam sempre os primos Flávio, Ronaldo e Cláudio e que tudo era só diversão. São muitas as histórias que mamãe conta.
Era tão patriota que um dia, assinando um cheque, chegou a escrever, sem querer, Yvonne Miragaia Paulista, ao invés de Peruzzo.
No dia em que se foi, meu mundo caiu e sou muito grata a querida Tia Emília que me acolheu e me tranquilizou com um carinho excepcional, naquele dia virei mais sua fã ainda!
POR EMÍLIA
Existem coisas que acontecem na vida da gente, que eu digo que não foram por acaso. Vou contar dois casos que nunca vou esquecer e gostaria que vocês todos soubessem o porque. [1] Meu filho Eduardo, até os sete meses de idade nunca tinha ficado doente. Exatamente no dia 9 de abril de 1974, teve uma febre muito forte durante a madrugada. Eu, mãe de primeira viagem, fiquei apavorada e com razão. Era a MENINGITE que estava começando a atacar a todos (uma epidemia): crianças, jovens, adultos, ricos pobres, etc.. Pois bem, depois de um dia inteiro de exames com o Eduardo já em coma, ele foi levado a Araçatuba, onde teríamos mais condição de tratá-lo (neste momento eu fiquei em Birigui, pois estava histérica). Os médicos diziam que não tinham nada para fazer, mas mesmo assim internaram-no. Logo chegaram ao hospital, Tio Rolando, Tia Ditinha, Cinira, Tia Ana (por parte da minha mãe), todos querendo AJUDAR. Num determinado momento chegou uma freirinha que perguntou se Eduardo era Batizado. O Zé Carlos disse que não, então Tio Rolando pegou o Eduardo no colo e o batizou. Enfim tio Rolando é o padrinho do Eduardo. Durante um mês em que ficamos internados no hospital, Tia Ditinha me alimentava com seus quitutes, tia Ana lavava minhas roupas, Cinira fazia as orações. Tito e Soninha me davam força e tantos outros que torciam para que tudo desse certo. Pois bem, o Edu saiu dessa perfeito, hoje é pai da Beatriz minha neta adorada.
[2] Outro caso foi a doença do Paulo, que teve o diagnóstico de leucemia, foi internado aqui em São José dos Campos, mas o tratamento não estava dando certo. Quis o destino que uma cunhada dele tivesse contato com um médico de Curitiba e que também trabalhava no Einstein; assim nós o transferimos para São Paulo. Eu e Lurdinha e Zezé, ( Carlota não podia, tinha acabado de sofrer uma cirurgia) praticamente largamos todos os nossos afazeres e fomos ajudar a Marina esposa dele. Foram 6 meses de idas e vindas para o hospital ora Lurdinha ora eu ora Zezé. Mas o bonito de tudo isso é que não ficamos sozinhos em nenhum momento, pois lá estava Tia Ditinha (já com um pouquinho de esquecimento), os primos visitando, alguns doando sangue, e a Claudia, ah... Claudia que não nos deixou nenhum momento só. Chorava conosco, levava alegria, nos alimentava com deliciosos pães e lanches, Cláudia que abriu as portas de sua casa para nos dar pouso (devo ter incomodado muiiiiiiito! Coitado do Mauro e crianças). Hoje o Paulo é considerado curado. Por que estou contando isso: conto para mostrar a todos que os contratempos que nos acontecem são muito pequenos diante da GRANDIOSIDADE DO TODO . O que seria da gente se não tivessemos a nossa famíla junto em momentos difíceis? DEUS na sua infinita sabedoria, colocou-nos lado a lado, para aprendermos com as diferenças e com os diferentes. NÃO SOMOS IGUAIS, porém JUNTOS TORNAMO-NOS GRANDES, IMBATIVEIS, F O R T E S!
DA EMÍLIA PARA O SÉRGIO [E PARA TODOS]
[Resposta/reação de Emília às lembranças do Sérgio sobre Terezinha, publicadas em HISTÖRIAS DA FAMÍLIA]
Sergio, você me fez lembrar com muita saudade de momentos passados com a sua mãe. Primeiro quando morávamos em Birigui, ainda mocinhas, eu e Carlota vínhamos passear aqui em São José e lógico ficávamos hospedadas na casa da Rua Vilaça. Era muito gostoso, pois em Birigui não tinha televisão e as duas caipiras ficavam doidas vendo Tv, como se não houvesse nada mais importante para fazer. Outro fato era que a Terezinha nos levava ao clube para que a gente pudesse usufruir das piscinas, era muito gostoso, nesta época você e Murilo já praticavam natação (futuros campeões, dizia Ela). Quanto à comida, ela ficava horrorizada, pois eu só gostava (ainda gosto) de batatinhas fritas e pão com mortadela. Quando viemos morar em São José dos Campos, logo que papai assumiu o Cartório, a felicidade dela era tanta que chegava a nos emocionar, pois era genuíno o amor que ela demonstrava pelo Joca e Mafaldinha. Terezinha e Zé Carneiro se desdobraram para ajudar achar residência, mostrar onde era o melhor comércio etc. sem contar à assistência que eles davam a Mafalda nas horas dos apuros. Ai casei-me, voltei para Birigui, mas logo voltamos,eu, Zé Carlos e Eduardo. Como não poderia deixar de ser, entram Terezinha e Zé Carneiro outra vez, sempre ajudando, ajudando e ajudando. Mas como todo Miragaia que se preze os nossos calos de vez em quando resolviam doer, ai voavam penas para todos os lados, mas depois nós resolvíamos juntá-las ficando assim os desentendimentos resolvidos, e só podia ser assim afinal nós nos amávamos. Terezinha e Zé Carneiro se foram, deixaram muitas lembranças e deixaram frutos sadios: Sérgio e Murilo